The Growlers live in Point Arena: “Her Command” from isaaczoller on Vimeo.
Month: Julho 2013
grow docile
«Surviving on minimal sleep, a master will spend the bulk of several days staring into his new falcon’s eyes. Eventually, the falcon will tire and grow docile» – Falcon training in China – CNN
Baixa
Paquistanês limpa meticulosamente o caleidoscópio colorido de souvenirs e postais com um espanador cor de rosa. A mercadoria, destinada a apelar ao turista desejoso de materializar a viagem a Lisboa com algo típico que não ocupe muito espaço, não lhe poderia ser mais indiferente. Os objectos, densamente amontoados em bancadas, portas e até pendurados no tecto, dão à loja a aparência de gruta kitsch que se foi formando organicamente. Azulejo com sardinhas, miniatura de garrafa de vinho do porto, galo de barcelos XXS , avental com bandeira de portugal, imãs de frigorífico com eléctrico amarelo e galheteiros em forma de caravela. Paquistaneses por todo o mundo onde haja turista, a desempoeirar lojas com espanadores cor de rosa, cedo pela manhã. Há milhares de anos. Os postais parecem da Lisboa dos anos 80, as cores saturadas com patine do pó da poluição, de quando o meu pai vinha cá tratar de intimidantes papeladas e eu e a minha mãe deambulávamos pela cidade. Um dia, a coluna de fumo negro que se avistou ao chegarmos do alto do Montachique, de carro. Pelo rádio, incêndio do Chiado. Divagação interrompida por uma dor no calcanhar. Má ideia ter vindo a pé para o trabalho, um pouco por amuo do furo no pneu da bicicleta. Cinco quilómetros. Ténis, boa ideia, meias normais fininhas, má ideia. Bolha gigante no calcanhar, pé discretamente descalço debaixo da secretária do escritório.
“mas também”, como? O que querem dizer com isso?
«Pátria de figuras como Jacques Brel e Magritte, mas também de Jean-Claude Van Damme (…) a Bélgica tem uma história atribulada.»DN
lobo do mar
Foto do Alberto Monteiro
The Growlers ‘People Don’t Change Blues’
adidas
A sniper trains his bead on Tsarnaev. (photos by Sean Murphy) Boston Magazine
“Be very, very careful what you put in that head because you will never, ever get it out.”
Eu avisei. A citação é de Thomas Cardinal Wolsey, 1473 – 21530, English political figure and cardinal of the Roman Catholic Church, imagem roubada ao binary solo .
blub blub blub
coros melanésios
Quando vi o belíssimo Thin Red Line (1998, Malick) chorei um bocadinho com o pungente canto melanésio do Choir of All Saints de Honiara, a God U Tekem Laef Blong Mi,especialmente os segmentos da história do private Witt (Jim Caviezel) no paraíso de uma população indígena afastada da civilização. Foi a única música incluída na banda sonora oficial, mas foram gravadas outras, como o também muito bonito Jisas Yu Holem Hand Blom mi.
Não é por acaso que o comentário mais votado de um dos videos da música no youtube é um irónico, mas sincero, “damn those onions“.
Apesar de não entender as palavras, a música por si só é comovente e transmite um sentimento de elevo espiritual e melancolia. São todos cantos religiosos cristãos e já desconfiávamos disso. O facto de serem corais relativamente simples, dá-lhes um som ameno e infantil, puro. Em Bach temos algo mais complexo e grandioso, mas no fundo, o princípio é o mesmo. A palavra é reduzida a uma mensagem minimalista, um som humano. Um é uma palhota simples numa selva e o outro uma catedral em direcção ao céu, mas ambos são manifestações que suplantam uma religião em particular e colocam o espírito em contacto com algo maior e universal.