Ver a Júlia a adormecer nesta fase dos 8 meses é um pouco como assistir a um combate com um polvo invisível até à exaustão de ambos. Calhou estar agora num hotel, a tomar conta dela, enquanto a mãe tem um espetáculo em cena aqui no Porto e por isso estamos na mesma sala. Em casa costumo deixá-la no quarto sossegada e fecho a porta. Aqui estamos no mesmo quarto e assisto a esta luta greco-romana enquanto escrevo isto. No espaço de poucos dias, apareceram-lhe os dentes, começou a gatinhar, a balbuciar sem parar… Isto mete-lhe a cabeça em curto-circuito. Tantas novas possibilidades! É frequente ela adormecer esticada numa vénia como uma muçulmana a rezar virada para Meca, os braçinhos esticados em direção ao coelho do chapéu, um registo, um instantâneo do último momento acordada antes da bateria chegar aos 0%.