Ela tem por hábito esticar-se e arrancar o raio da peúga do pé quando está no carrinho. Fica como pé à mostra, ao frio, ao vento, depois os transeuntes do sexo feminino apontam e dizem “falta um peúgo”. Hoje fez isso em pleno tabuleiro da ponte Dom Luís I e – nós não vimos – a peúga voou para o Douro, 100 metros abaixo. Esta noite, uma peúga flutua na foz do Douro, para o mar. Um golfinho vai encontrá-la, achar-lhe piada, levá-la para junto dos seus. Era uma boa peúga apesar de ser da H&M. Há muitos japoneses no Porto. Tiram fotos a tudo. Havia muitos na ponte. Talvez a peúga tenha sido imortalizada num instantâneo japonês digital. Nunca o saberei.
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Sonhos do tipo D 
Enquanto é só a peúga é um sossego. Há sempre depois aquele momento clássico em que tu não sabes se a tua filha deitou fora uma coisa ou comeu-a.
ahaahah
Olha que história engraçada para lhe contares ? As aventuras da peúga da Júlia que navegou num golfinho até ao Japão ! 🙂 🙂 🙂
Eu inventava trinta por uma linha nas horas das refeições ! Elas adoram ser as heroínas dos nossos contos e de dizer e fazer coisas nas nossas histórias… “Conta, conta, conta…” 🙂 🙂
ui, que me espera… 😀
queria dizer “o que me espera” 🙂
por outro lado. se a tua filha se tornar numa ambientalista ferrenha, e lhe contares essa história, vai ter pesadelos a pensar que o golfinho poderá ter sufocado por ter engolido a peúga (que foi? sei que a peúga era pequena, podia ser um golfinho bebé anão) e culpar-te para todo o sempre por não teres mergulhado no rio e teres ido resgatar a peúga, evitando a terrível tragédia.
Se eu mergulhasse no rio douro daquela ponte provavelmente não lhe poderia contar a história depois!
Lourenço Pai- “Filha, sê razoável, mergulhar de uma ponte não é uma acção aconselhável a quem queira viver uma vida”
Júlia Filha – “Mas Pai, não era preciso teres-te atirado da ponte! Podias ter ido até à margem e mergulhado daí!”
😛