Desde que a Júlia nasceu que ando regularmente com ela no baby carrier. De momento o bicho pesa para cima de 10kg, não é fácil e em breve espero passá-la para as costas. Dá para ir de bicicleta ou para ir às compras na rua, apanhar um pouco de ar. É prático e divertido. Ela vai mesmo aninhada contra mim, protegida pelo meu próprio casaco. No verão em dias quentes, admito que é impensável, mas no inverno frio é como ter a minha botija de água quente privada. Excepto quando a botija mete as patinhas geladas dentro da minha camisa para se aquecer ou se pendura na gola.
Bom, mas isto para dizer que sou recebido com alguma surpresa em vários estabelecimentos ou a andar na rua. Claro que com muita simpatia, não me queixo, dá direito a borlas. Tenho sempre borlas, uma castanha extra, um pão de borla, um biscoito, as pessoas pensam que é para ela, mas eu é que como aquilo já fora da vista das pessoas. Mas às vezes passa-se das marcas. Ainda ontem um imbecil de um senhor ficou mesmo a apontar o dedo e a olhar para mim e puxou a manga à mulher para que visse. E isto comigo a vê-lo, com se não estivesse ali. Comentei o sucedido com A. que só me disse “agora sabes o que é fazer uma novela e andar na rua”.