Por entre Isaac Asimov, vou lendo o mais leve e portátil “O sentido do fim” de Julian Barnes. Não é mau. É muito bom. Mas ao mesmo tempo é daquela literatura que não é significativa. Podia não existir que a única coisa que não existia era o Julian Barnes e os seus livros. Felizmente, não pretende ser nada, é adulta, irónica, elegante, comovente, até lembra um pouco, acho eu, o Catcher in The Rye pelo menos na primeira parte, a adolescência, mas não tem o lado significativo deste, nem que seja por ser escrito agora e o outro há 300 mil anos. Eu gostava era de escrever uma coisa ao jeito do Fome do Knut Hamsun, mas precisava de uma boa miséria e não me posso dar esse luxo, tenho uma filha para nutrir e vestimentar e o equipamento de pesca não se compra sozinho.
A parte da adolescência acaba por ser a melhor parte do livro. Na onda deste e do Catcher in the Rye, tens também o Retorno, da Dulce Maria Cardoso.
Ah que pena. Ainda não o li todo, mas já se está mesmo a ver que a montanha vai parir um rato. De cesariana.
Logo vês.