discurso de Paulo Portas

No dia 25 de Abril, ouvi Paulo Portas usar mais um ditado popular, como costuma fazer, neste caso o “cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém”. Foi em horário nobre e no momento solene antes de firmar o acordo de coligação com o PSD. Ocorreu-me que podia tentar melhorar os seus discursos ainda mais.

paulo

Portugueses e portuguesas,

O caminho até aqui foi duro, mas nada de lamentos, pois tristezas não pagam dívidas e no poupado é que está o ganho. Quando chegámos ao poder, as contas públicas eram um basqueiro, uma caldeirada de todo o tamanho!
(pausa para palmas)
Hoje estão organizadas por dossiers com separadores com cores que a dona Fátima, a minha secretária pessoal, arranjou, com carinho e dedicação. Não se deixem iludir com os que prometem papas e bolos, para enganar os tolos, pois não há atalho, sem trabalho e já dizem os nossos credores e as agências de rating: quem do seu foi mau despenseiro, não fies o teu dinheiro! Temos por isso que continuar com disciplina e ser solidários ou podemos assobiar às botas, ver todo o nosso esforço perdido pelo cano abaixo. Deus dá o frio conforme o cobertor e é esse cobertor que temos de partilhar uns com os outros.
(pausa para palmas)
O doutor António Costa, que anda de costas ao alto (pausa para ouvir assobios) que anda de costas ao alto… obrigado, obrigado… que anda de costas ao alto, sabe isto muito bem. Parece tudo um mar de rosas, no PS! Muito sorri ele, mas homem folgazão, no trabalho sonolento! Muito picante comem eles e já diz o povo: quem ao comer sua, ao trabalho amua!
(pausa para palmas)
No fim, já sabemos no que vão dar essas promessas: sabordalhão de impostos pela anilha do contribuinte português! Mais quatro anos a cavalgar a jibóia da troika e dose dupla de charope de bengala do FMI nos costados! E o povo, a ser comido, sem ter de comer, a cavar e a ser encavado, a querer mama e a ser mamado, a ver a conta poupança de uma vida, vazia e escancarada como a fanesga da deputada Ana Gomes depois de uma visita a uma comunidades de imigrantes africanos ilegais!

(palmas prolongadas)

5 thoughts on “discurso de Paulo Portas

  1. Opa que bom! “E o povo a querer mama e a ser mamado”, estou que não posso! Devias fazer carreira a escrever discursos políticos. Aquele abraço!

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