Estou a ler o Herzog do Saul Bellow e isto parece uma fotocópia do Human Stain do Roth, embora um pouco melhor, mais elegante pelo menos. O Roth está para a literatura como os Mercedes para os taxistas. Estou um bocado cansado desta lenga lenga, foda-se. O judeu americano a ficar velho, decadente, o académico brilhante cheio de neuroses, incapaz de viver e saborear a vida, sempre a comer gajas 20 anos mais novas que são sexualmente desenvoltas e eles uns enconados e enfastiados, por causa da figura materna, da culpa, da condição, do meio intelectual, das origens humildes num bairro pobre de Ny, da excentricidade, da paixão pela goy loira, do nariz ou inserir aqui outro estereótipo. Pá, se fores judeu e fores a Anne Frank ou viveres em França, tens tema. Se não fores, deixa-te de dramas. É bom que este livro pegue e descole, porque YHVH me livre de aturar mais 500 páginas disto.
Queixinhas.
Opá. E ofereceram-me o livro, repara bem. A minha mãe. Agora o que lhe digo?
Simples: “Gostei do livro. É… grande.”
ainda não o vou colocar de lado. Pode ser que aconteça algo engraçado como ele ser teletransportado para Mordor ou ser raptado por um gang de bikers lésbicas antisemitas.
Ou ele vir a Portugal, ver um episódio do 70×7 e acabar os dias no Santuário de Fátima.
Ah, o Herzog. A boa notícia é que o Bellow consegue ser AINDA MAIS enfadonho e pretensioso que isso: Ravelstein. Não leias, não pegues, não te aproximes sequer do Ravelstein. De nada.
Obrigado, miúda.