Desculpem não ter escrito nada de jeito ultimamente e não ter metido cá os pés. Ando um pouco atordoado com coisas. Uma delas é a fotografia. A outra é ter tido um iphone 4s. É verdade. É o meu primeiro smartphone. 2016. Tinha um blackberry mas não conta. Também ando às voltas com o novo site. Estou a mudar de instalações no escritório. Estou inscrito em três provas, duas são ultramaratonas (uma de 168km ahahah) e uma maratona. E com a minha filha, ando muito ocupado com ela, está mais pessoa e é engraçado. Tive um convite de uma editora para um projecto e acabei hoje mesmo de activar o scrivener (um programa de escrita) porque me sinto motivado para isso também. Não sei o que fazer o tempo. Amanhã vou correr 3-4 horas em Sintra de manhã, com amigos. A minha vida parece perfeita, mas não é. Há uma coisa que me falta. Uma caixa estanque para a minha nikon 750d para poder fotografar surf e uma lente de 16mm para os tubos. Tenho saudades de ler um bom romance. Tenho saudades de ler. Hoje activei o Scrivener. Vou tentar dedicar-me ao tal projecto. Há um provérbio japonês que é algo sobre uma pessoa que se dispersa por muitas coisas não é boa em nada, mas felizmente não me lembro do provérbio exactamente. Boa noite, gosto muito de vocês.
espera, agora aqui meto umas fotografias
Pavão.
à espera da chuva passar
nascer do sol
Tenho andado a revisitar fotos que fiz nos últimos meses e a tratá-las de forma diferente. estou a testar umas coisas da VSCO, umas simulações de rolos analógicos para usar no light room que são – a meu ver – perfeitas. Adoro o ektar 100, o kodak gold, o agfa vista, o portra 400… alguns foram rolos que eu usei ou com os quais fui fotografado em criança. Há no digital uma busca pela perfeição, pela nitidez. E sem dúvida que as fotos que a nikon 750d consegue arrancar com lentes top são assombrosas. Mas depois há a questão do lado emocional e foi ao ver o trabalho de Todd Hido e ler-lhe entrevistas e o seu livro para a colecção da aperture que percebi o impacto da memória para gerar algo com interesse e percebi que eu reagia a fotografias que tinham o mesmo aspecto que aquelas que eu fiz ou que me tiraram quando eu era criança ou adolescente.
Como não penso fotografar analógico, os simuladores da VSCO são excelentes e uma base de partida para trabalho. Parto de settings de determinado rolo, depois trabalho mais variáveis em cim deles e vejo como o Lightroom permite alterar completamente uma fotografia e criar algo novo. A ideia é chegar a um tipo de tratamento consistente e fazer uma série de coisas com essa visão. Para já é experimentar.
Talvez uma nova geração que cresceu 100% no digital não tenha essa resposta emocional, mas eu quando vejo fotos em analógico e com os “defeitos” que os rolos tinham, há algumas emoções que disparam.
O simples facto de te dispersares por muitas coisas parece-me suficientemente bom, sejas ou não muito bom em qualquer uma delas. Suficientemente não, acho mesmo muito bom. Acho-o extraordinário. Gostar muito de ti não gosto, não te conheço de lado algum, mas acho-te extraordinário.
Eu sei, estão-me sempre a dizer isso, estou habituado.
Foda-se, “acho-te extraordinário” soa assim meio coise, parece conversa de género, engate ou assim, … não era nada disso, queria dizer extra-ordinário, só isso, mais do que aquilo.
Sim sim…
Talvez o provérbio japonês seja: “muitas habilidades, nenhum talento”. Acredito não ser o seu caso 🙂
Oh, obrigado -_-
Tem uma admiradora aqui do Brasil desde os tempos de “O nascer do sol”.
Onde é que isso já vai… Obrigado 🙂