Hoje de manhã, linha verde, saiu na baixa chiado, bem engraçada, cabelo arruivado com franjinha, roupa à indie coiso, mala amarela. Tive de correr para a apanhar e espreitar o que ela estava a ler e tirar as dúvidas. Já me aconteceu fazer o filme todo e depois aproximo-me e estão a ler José Luís Peixoto e fico bestialmente deprimido o dia todo. Só consegui ler Fromm em grande na capa, pareceu-me ser isto, mas a capa era verde.
Erich Fromm é um autor aceitável, mas isto pode ser qualquer livro dele, desde que a edição diga Fromm. Se souberem quem é, contactem-me, obrigado.
Obviamente não a contactaria assim do nada em pessoa na altura, visto ser uma rapariga com estilo e que dá importância à transmissão da personalidade pela roupa, incluindo o ser alternativa e essas coisas. Há defeitos piores. Apesar de estar com o Herzog do Saul Bellow nas mãos, a minha roupa casual, quando não estou de sapatilhas a correr ou a pedalar, não me transmite ou transmite tudo errado.
Agora uma música alegre apesar de repetir em loop “one day you’ll be lying dead”. Nunca se esqueçam disso e bom dia.
Primeiro é espiar a vizinha, agora é perseguir uma desconhecida no metro, isto está perigosamente a tornar-se um argumento de thriller!